segunda-feira, 28 de maio de 2007

Almoço de Domingo


Mas não do último domingo (ontem)...
Esse foi o almoço do domingo passado. Pra variar um pouco, mal-montado à beça. Mas pelo menos esse prato dá um visual melhor que o outro, branco e laranja. Mas vamos lá.
Convidei meu irmão mais velho a almoçar em casa. E ele levaria a sobremesa. Preparei então uma entrada - caponata siciliana, que eu não vou postar a receita hoje (pois não lembro de cabeça - e um prato de carne - baby-beef ao vinho com purê de pimentões e arroz risotado (risoto base, arroz, creme e parmesão - não gosto de risto feito com manteiga, prefiro creme de leite) - que nada mais é do que a receita de qualquer risoto, mas sem adicionar quaisquer complementos que não sejam parmesão e creme de leite.

BABY-BEEF AO VINHO

Cortei o baby-beef em bifes altos, temperados com sal, 1 colher de sopa de páprica picante e pimenta do reino branca a gosto, e deixei coberto com filme plástico, marinando a noite toda na geladeira em duas colheres de azeite, 2 ramos de tomilho e uma xícara de vinho tinto seco - os bifes devem ficar completamente imersos na marinada, portanto uma bandeja/refratário justo para as carnes que você for preparar é essencial. Na manhã seguinte, tirei bem cedo da geladeira para estar à temperatura ambiente na hora do preparo.
Aqueço o grill superior do forno na menor temperatura possível. Deixo os pratos vazios lá para eles aquecerem (eu achava frescura, mas percebi que existe realmente uma grande diferença de qualidade à mesa entre colocar comida quente em um prato quente e em um prato frio - direto do armário). Numa frigideira anti-aderente bem quente, deito os bifes, 3 minutos de cada lado. Coloco os bifes prontos nos pratos quentes, e os mantenho no forno com o grill ligado, mas afastados, apenas para continuarem aquecidos.



PURÊ DE PIMENTÕES

Aqueço o forno na temperatura máxima, por uns 10 minutos. Enquanto isso, numa forma anti-aderente, coloco 2 pimentões grandes, 4 dentes grandes de alho com a casca e 2 colheres de sopa de azeite. Levo ao forno por 20 minutos. Retiro, espremo os dentes de alho e coloco a polpa, quente e amaciada, em um processador. Retiro a pele dos pimentões, divido-os, retiro o talo e as sementes. Pico grosseiramente e adiciono ao processador. Coloco qualquer caldo que por ventura possa sobrar na forma e processo. Adiciono 2 colheres de sopa de azeite e 1 colher de sopa de páprica picante. Processo até incorporar e obter um purê. Acerto o sal e a pimenta do reino. Adiciono 2 colheres de sopa desse purê aos pratos de carne no forno, e, ao terminar o risoto, sirvo imediatamente.

Além da sobremesa, meu irmão levou o vinho também:



Dal Pizzol Tannat 2004 - Vinho nacional, na faixa dos R$ 20~R$ 30, superior (pra mim) aos nacionais na mesma faixa de preço. Nunca havia tomado um vinho dessa uva - sou um fã de Syrah - mas agradou bastante. Não harmonizou tão bem com o purê de pimentões, eles sobressaíam ao vinho por serem adocicados, mas ficou ótimo com a carne. Acredito que fique melhor quando degustado com embutidos/defumados. Algo de madeira, bastante sutil, sem taninos marcantes. Não sei avaliar o suficiente pra dar uma nota. Mas entrou na minha lista de vinhos para compor a adega nacional.

4 comentários:

Anônimo disse...

Oi, lindo.

ESte almoço estava DIVINO !!! Tudo muito gostoso mesmo. Só que como era muita gente, eu deveria ter te dado um help pra comida sair + ou - ao mesmo tempo. Detalhe ! Pq tudo estava delicioso...

Faltou postar a foto da galera...

Beijokas

PS- Esse papo de vinho isso, uva aquilo é meio gay, heim...

Anônimo disse...

Olá Marco, só estou visitando blogs esporadicamente.

Em duas viagens a Bento Gonçalves eu não provei nenhum Dal Pizzol, mesmo com a boa fama de seus espumantes.

Comentários rápidos de quem não provou o vinho:

1) A Tannat é uma uva interessantíssima, originária da França (Madiran), mas que tem feito sua fama no Uruguai. Recomendo provar o Pisano RPF Tannat, que anda bem caro na Mistral

2) Originalmente ela ficou famosa por dar vinhos extremamente tânicos, de grudar na língua mesmo. Hoje eles estão mais amaciados, acho que pra agradar um público maior.

3) Os vinhos tannat que eu provei no sul estavam muito bons no geral. O Miolo Fortaleza do Seival Tannat é bom, o Amadeu Tannat também, Angheben e Vallontano também.

4) Tente sempre avaliar se a madeira está complementando o vinho, ou é a coisa mais marcante. As vezes a madeira é tanta que domina o vinho, e esconde defeitos. Ou nem isso.

5) Se quiser dicas de vinhos nacionais, Paula e eu provamos quase de tudo.

6) Não tem 6.

7) Baby Beef ao vinho...... aaaaaaa.....

8) Ainda bem que a Tathy não lê (lia) o meu blog.

Anônimo disse...

Olá Marco, só estou visitando blogs esporadicamente.

Em duas viagens a Bento Gonçalves eu não provei nenhum Dal Pizzol, mesmo com a boa fama de seus espumantes.

Comentários rápidos de quem não provou o vinho:

1) A Tannat é uma uva interessantíssima, originária da França (Madiran), mas que tem feito sua fama no Uruguai. Recomendo provar o Pisano RPF Tannat, que anda bem caro na Mistral

2) Originalmente ela ficou famosa por dar vinhos extremamente tânicos, de grudar na língua mesmo. Hoje eles estão mais amaciados, acho que pra agradar um público maior.

3) Os vinhos tannat que eu provei no sul estavam muito bons no geral. O Miolo Fortaleza do Seival Tannat é bom, o Amadeu Tannat também, Angheben e Vallontano também.

4) Tente sempre avaliar se a madeira está complementando o vinho, ou é a coisa mais marcante. As vezes a madeira é tanta que domina o vinho, e esconde defeitos. Ou nem isso.

5) Se quiser dicas de vinhos nacionais, Paula e eu provamos quase de tudo.

6) Não tem 6.

7) Baby Beef ao vinho...... aaaaaaa.....

8) Ainda bem que a Tathy não lê (lia) o meu blog.

Anônimo disse...

Marcão,
obrigado pela dica dos vinhos. Ainda não degustamos nenhum dos dois. Continue visitando o blog e participando da pergunta da semana.
Gostamos do "sai que a cozinha é minha". Também nos aventuramos pela cozinha de vez em quando.

Abs.,